Rodrigo Vianna, repórter-especial da TV Globo de 1995 até esta terça-feira, enviou ontem (19/12) a colegas uma carta em que acusa a "Globo" de manipulação em sua cobertura das eleições presidenciais. Vianna divulgou o texto após receber o aviso de que seu contrato não seria renovado.
No texto, o repórter afirma que a emissora atuou para prejudicar a campanha de Lula à reeleição. "Intervenção minuciosa em nossos textos, trocas de palavras a mando de chefes, entrevistas de candidatos (gravadas na rua) escolhidas a dedo (...) Isso não foi o pior", diz Vianna na carta. "Na reta final do primeiro turno, os 'aloprados do PT' aprontaram; e aloprados na chefia do jornalismo global botaram por terra anos de esforço para construir um novo tipo de trabalho aqui".
O jornalista diz também que a direção da emissora barrou reportagens e investigações que envolvessem o PSDB. "Os telespectadores da Globo nunca viram Serra e os tucanos entregando ambulâncias cercados pelos deputados sanguessugas. Era o que estava na tal fita do "dossiê". Outras TVs mostraram o vídeo, a internet mostrou. A Globo, não. Provava alguma coisa contra Serra? Não. Ele não era obrigado a saber das falcatruas de deputados do baixo clero. Mas, por que demos o gabinete de Freud pertinho de Lula, e não demos Serra com sanguessugas?"
De acordo com Vianna, alguns jornalistas da emissora questionaram as opções editoriais, mas não receberam respostas convincentes. Após as eleições, o repórter foi afastado da cobertura política e destacado para atuar nos jornais locais, apesar de, ao longo de sua trajetória na "Globo", ter produzido mais de duas dezenas de edições do "Globo Repórter". "Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom dia Brasil ao Jornal da Globo, temos um desfile de gente que está do mesmo lado", critica.
O jornalista diz também que a direção da emissora barrou reportagens e investigações que envolvessem o PSDB. "Os telespectadores da Globo nunca viram Serra e os tucanos entregando ambulâncias cercados pelos deputados sanguessugas. Era o que estava na tal fita do "dossiê". Outras TVs mostraram o vídeo, a internet mostrou. A Globo, não. Provava alguma coisa contra Serra? Não. Ele não era obrigado a saber das falcatruas de deputados do baixo clero. Mas, por que demos o gabinete de Freud pertinho de Lula, e não demos Serra com sanguessugas?"
De acordo com Vianna, alguns jornalistas da emissora questionaram as opções editoriais, mas não receberam respostas convincentes. Após as eleições, o repórter foi afastado da cobertura política e destacado para atuar nos jornais locais, apesar de, ao longo de sua trajetória na "Globo", ter produzido mais de duas dezenas de edições do "Globo Repórter". "Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom dia Brasil ao Jornal da Globo, temos um desfile de gente que está do mesmo lado", critica.
Leia a carta de Rodrigo Vianna e a resposta da Rede Globo (ambas na íntegra) aqui: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2006/12/20/ult23u280.jhtm
Extraído de: http://www.notícias.uol.com.br/
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